sábado, 19 de dezembro de 2009

Casa em Porto Manso . Baião . 1995


Outro projecto que desenvolvi em 1995 foi este, em Porto Manso, pequena localidade ribeirinha do concelho de Baião. Tratava-se de uma recuperação e restauro de uma habitação tradicional, de carácter senhorial. O projecto foi desenvolvido, tal como a maior parte dos trabalhos desta época, em conjunto com o colega João Duque Carreira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Monografia "Arquitectura de Terra. Tradição milenar, actualidade e potencialidades"


A aluna do curso de Arquitectura e Urbanismo da UFP, Alzira Frade, apresentou e defendeu no passado dia 9 a sua tese de final de curso intitulada "A Arquitectura de Terra - Tradição Milenar, Actualidade e Potencialidades" que lhe granjeou a classificação de "Bom" (15). Foi a minha sétima participação num júri deste género, desta feita como vogal e foi a terceira vez que um aluno defendeu uma monografia por mim orientada.
(A foto - de minha autoria - mostra a povoação marroquina, construída em terra e classificada pela Unesco como património Mundial, de Hait ben Adhou).

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tempo de Teatro II . Emilia Galotti


Terminou no passado dia 8, no teatro Carlos Alberto, a peça Emilia Galotti, para a qual ajudei com o Renato Brito e segundo as directrizes do Paulo Cardoso, a idealizar os cenários, naquela que foi uma experiência, apesar de tudo, gratificante.
Na página do Teatro Nacional S. João pode ler-se o seguinte:
"Nuno M Cardoso prossegue, na nossa companhia, uma viagem pela literatura alemã, com escalas em Goethe, Fassbinder e Brecht. Desta vez, resgata da sombra a mais controversa das peças legadas pelo filósofo e dramaturgo Gotthold Ephraim Lessing, um dos mais decisivos reformadores da arte dramática europeia. Estreada em 1772, Emilia Galotti foi desde então sucessivamente amada e repudiada, permanecendo uma esfinge com muitos segredos. Nunca saberemos o que verdadeiramente aconteceu no encontro entre o príncipe Gonzaga e a burguesa Galotti. E essa dúvida, que se instala no início do segundo acto, propaga-se como uma “peste emocional” até ao desenlace trágico. Emilia foi seduzida ou seduziu? Foi vítima da arbitrariedade do poder ou da fascinação pelo poder? Lacónico e perverso, o autor não esclarece nem julga as motivações das suas personagens. Em Emilia Galotti aprendemos a desconfiar da verdade. No livro Homens em Tempos Sombrios, Hannah Arendt escolhe uma frase de Lessing que lhe parece condensar a sabedoria de todas as suas obras: “Que cada homem diga o que considera verdade, e deixe ao cuidado de Deus a verdade em si!”.
A peça deverá agora seguir para o Teatro Viriato em Viseu.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

20 Edificios de Arquitectura Moderna en Oporto


CURSO SOBRE ARQUITECTURA MODERNA LECCIONADO POR 25 PROFESSORES ESPANHÓIS E PORTUGUESES DA ESCUELA TÉCNICA SUPERIOR DE ARQUITECTURA DE VALLADOLID (ETSA) E DA ESCOLA SUPERIOR ARTÍSTICA DO PORTO (ESAP), COM A COLABORAÇÃO DE DOMUS PUCELAE.


PROGRAMA DEL VIAJE y CICLO DE CONFERENCIAS DEL 16 DE OCTUBRE 2009


Salida a la 16 h. desde la Plaza de Colón con dirección a Oporto. Llegada por la tarde y visita a la ciudad.
La conferencia-explicación será sobre la estructura urbana de Oporto y se realizará en el propio autocar que recorrerá las principales zonas, explicando las condiciones originales de la trama de la ciudad histórica, las distintas fases de ensanche y crecimiento, el estado actual de su desarrollo urbanístico y la adecuación de las distintos edificios elegidos en el curso dentro de la ciudad.
Conferencia: Profesora Ana Lídia Virtudes
Texto: Profesores María Castrillo, Ana Lídia Virtudes y Luís Santos Ganges.

17 OCTUBRE, sábado

9,30 h. Coliseo de Oporto
Presentación del ciclo de conferencias en la Sala del Coliseo con visitas posteriores a los edificios.
10,30 h. 1 / COLISEO (SALA DE ESPECTÁCULOS DE OPORTO). Cassiano Branco, 1939-41.
Conferencia y texto: Profesora Fátima Fernández.

11,30 h. 2 / ESTACIÓN DE S. BENTO. José Marques da Silva, 1899.
Conferencia y texto: Profesor Javier Pérez Gil y Profesor Manuel Cerveira Pinto.
12,30 h. 3 / CINEMA BATALHA. Artur Andrade, 1944-47.
Conferencia y texto: Profesora Alexandra Trevisan.
13,30 h. Comida incluida en el restaurante del propio edificio y posterior traslado a la Fundación Serralves.
15,30 h. Edificio del Museo Serralves
La conferencia se realizará en la Biblioteca del Museo Serralves, con visitas posteriores a los edificios.
16,00 h. 4 / MUSEO Y AUDITORIO SERRALVES. Álvaro Siza, 1991-1999.
Conferencia y texto: Profesor José María Jové.
16,30 h. 5 / CASA DE SERRALVES. José Marques da Silva, 1925.
Conferencia: Profesor Daniel Villalobos. Texto: Profesor Darío Álvarez.
17,00 h. 6/ JARDINES DE LA CASA DE SERRALVES. Jacques Gréber, 1932.
Conferencia: Profesor Daniel Villalobos. Texto: Profesor Darío Álvarez.
19,00 h. Traslado al Centro Comercial de Oporto recorriendo la Avenida de Boavista con breves explicaciones sobre viviendas y edificios residenciales.
Visita libre a la Avenida dos Aliados y Centro Comercial.

(O programa completo pode ser visto "clicando na imagem, ou aqui)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tempo de teatro


O trabalho a desenvolver neste momento não poderia ser desafio mais cativante. Trata-se de projectar os cenários para duas peças de teatro que irão ser levadas à cena no próximo mês de Outubro. A fotografia, por mais abstracta que possa parecer, representa a maquete do cenário da primeira peça "Emília Galloti", de Gotthold Ephraim Lessing, que estreará no Teatro Carlos Alberto, no Porto. O trabalho está a ser desenvolvido em conjunto com o pintor Paulo Cardoso e com o arquitecto Renato Brito.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Casa Manuel Sousa III . 1995


Por último um esquiço, com estudo de cor, que mostra os alçados nascente e norte e já bastante aproximado da versão definitiva do projecto. São dois volumes paralelipipédicos, ligeiramente desfasados e revestidos com diferentes materiais. O superior em reboco caiado e o inferior em tijolo vermelho maciço (de burro). A escada metálica dá acesso à entrada principal da casa e ao pátio da cozinha que se desenvolve sobre a entrada da garagem. As portadas de madeira são exteriores, como medida de protecção dos envidraçados. A entrada é ligeiramente recuada, encontrando-se protegida por uma pala onde está localizada a iluminação. A grande chaminé pontua o alçado nascente e abarca todo o volume superior.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Casa Manuel Sousa II . 1995

Outra fotografia da maquete, desta feita a mostrar os alçados nascente e sul. A obra começou a correr mal quase logo após haverem-se iniciado os trabalhos. Independentemente de haver uma maquete, medições e orçamentos de todos os projectos de especialidades, projecto de execução e pormenorização, o dono da obra foi insistindo em fazer alterações. Às primeiras ainda acedi e foi feito o necessário projecto de alterações e respectivo aditamento ao licenciamento camarário. Mas a determinada altura era absolutamente incomportável e cada visita à obra era uma árdua batalha para contrariar as mais aberrantes ideias e disparates. Acabei por retirar o termo de responsabilidade, sendo o terceiro projecto em que o fiz.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Casa Manuel Sousa . 1995


Mais uma vez, também este projecto estava votado ao fracasso... Tratava-se de uma habitação para uma família de um assalariado rural na freguesia de Oliveira do Douro do Concelho de Cinfães. Um programa extremamente simples, mas com a dificuldade de integração no terreno aos socalcos, de grande declive e de exposição solar desfavorável. Era, quanto à organização espacial, uma típica casa rural. Piso inferior para arrumos, lavandaria, garagem e lagar e piso superior constituído por cozinha-sala, sala comum, três quartos, sendo um deles suite e uma casa de banho comum, completa. A foto mostra os alçados nascente e norte, motivo pelo qual tem poucas aberturas. A casa fica debruçada sobre uma magnífica paisagem duriense e a varanda prolonga, com o grande janelão em vidro, a sala para o exterior...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Lar de S. Sebastião VI . 1995/2003


O edifício possui uma pequena capela. Trata-se do volume de pé-direito triplo, que faz o remate do edifício principal do lado nascente. A foto mostra o aspecto da entrada exterior da capela e da ligação desta com o edifício principal.

sábado, 6 de junho de 2009

Lar de S. Sebastião V . 1995/2003


Alçado norte do Lar de S. Sebastião, onde são visíveis as influências da arquitectura popular. O reboco liso, caiado, contrasta com a parede de granito que sustenta os volumes superiores revestidos a ardósia. O embasamento, construído em parede de perpianho, como se fosse um socalco, esconde o piso da garagem. O projecto iniciou-se em 1995, mas a obra só seria dada como concluída em 2003.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Lar de S. Sebastião IV . 1995


Aspecto do lar de S. Sebastião tal como se apresenta a quem passa pela estrada, a poente. Em primeiro plano a estrutura rural restaurada - eira e palheiro - depois o volume da entrada, com as janelas corridas da sala de ocupação. Por trás do passadiço metálico vê-se a marcação da grelha de protecção solar dos quartos, orientados a sul. O volume em último plano é a capela, com o seu pé direito triplo e telhado de uma só água.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lar de S. Sebastião III . 1995


Pormenor da pequena varanda do alçado poente. A obra do lar de S. Sebastião foi a primeira obra que realizei em colaboração com o Eng.º João Guerra Martins o que, seguramente, muito contribuiu para que a mesma chegasse a bom porto. Claro que também foi imprescindível a colaboração inestimável do construtor - o saudoso Sr. Joaquim Madureira e o empenho e perseverança do promotor da obra, o director da Associação para a Infância e Terceira Idade de S. Sebastião, Sr. Ademar Sequeira de Carvalho.

sábado, 16 de maio de 2009

Lar de S. Sebastião II . 1995


O projecto, ao nível do estudo prévio, foi desenvolvido em colaboração com o arquitecto João Duque Carreira. A proposta, que viria a ser aprovada praticamente sem alterações, previa a recuperação e ampliação do edifício existente (em primeiro plano na imagem), que ficaria ligado ao edifício novo por uma passagem aérea, uma vez que entre ambos passa um caminho público. A obra era extremamente necessária e urgente, já que os idosos viviam em condições verdadeiramente deploráveis. A maquete, em cartão madeira e cartolina bristol, foi integralmente realizada por mim.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lar de Idosos de S. Sebastião . 1995


Um dos projectos que iria marcar o ano de 1995 seria o lar de idosos de S. Sebastião, na freguesia de S. Cristóvão de Nogueira, em Cinfães. A instituição (Associação para a Infância e Terceira Idade de S. Sebastião) andava já há cerca de uma década, infrutíferamente, a tentar aprovar um projecto de arquitectura para ampliar e dignificar as instalações existentes.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro III . 1994


Esboço de alçado, retirado de um dos meus cadernos de estudo, que uso diariamente, desde os tempos da faculdade. Este projecto, como já referi, foi mais um exemplo dos princípios corruptos e obtusos que regem todo o mundo da construção em Portugal, começando pelas próprias câmaras municipais. Neste caso o processo ganhou contornos escabrosos... O (meu) projecto não foi aprovado na câmara porque "o local na carta de ordenamento (PDM), situa-se em zona de Floresta de Produção, o que em termos de regulamento no seu artigo 50.º alínea a), exige 10.000 m2 de área mínima do lote e nos termos do artigo 51.º, o requerente garanta as infraestruturas necessárias, para ser permitida a construção unifamiliar de habitação.(sic)"
Mediante isto, a proprietária ficou, segundo ela própria, de tentar adquirir o terreno necessário para que o projecto pudesse então ser aprovado. Fiquei à espera até que, um dia, decidi perguntar na câmara pelo processo. A resposta não se fez esperar. O meu o projecto tinha sido anulado (sem que eu fosse sequer informado) e o novo projecto que entrou já estava aprovado!!!... Fantástico país este que tão bem assim se rege. Grande gente esta, plena de educação e ombridade!

sábado, 9 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro II . 1994


A proposta assentava num conceito de afirmação relativamente ao local e à paisagem, contrariando e aproveitando em seu favor o declive do terreno. O grande envidraçado das salas, em pé-direito duplo, embora orientado a noroeste, permitiria a melhor fruição da paisagem. A casa desenvolvia-se em três pisos, em proporções crescentes de cerca de um terço. Detinha também alguns outros princípios de economia de projecto. Assim, embora na vista predominante não se tivesse essa percepção, a cobertura era construída em telhado tradicional. O desencontro das coberturas permitiria que a luz de sul pudesse iluminar as divisões do piso superior.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro . 1994


O último projecto de 1994 penso que foi este em Oliveira do Douro, Cinfães. Tratava-se de uma habitação unifamiliar num terreno de características florestais (pinhal), numa vertente do Montemouro, com uma paisagem magnífica sobre o vale do Douro. A aprovação à data do Plano Director Municipal veio inviabilizar a proposta, uma vez que, para ser possível a construção o terreno deveria ter 10.000 m2, sensivelmente o dobro do que tinha. Estava aberta a porta para mais uma série de episódios, no mínimo, "rocambolescos"...

domingo, 3 de maio de 2009

Casa António Osório IV . 1994



Por fim uma comparação entre o antes e o depois das obras e será interessante, sem dúvida, tentar detectar as diferenças. O piso inferior manteve-se para comércio e o superior, anteriormente em desuso (era armazém) foi transformado em habitação. Infelizmente, como já referi, pouco foi possível fazer pelo interior. As caixilharias, em madeira, foram expressamente desenhadas, assim como o beiral e a varanda. Desenganem-se porém aqueles que pensam que os exemplos colheram frutos. Embora apreciadas por visitantes, turistas, entidades ligadas ao património, estas obras feitas em Boassas foram, regra geral, mal recebidas e entendidas pela população e esta acabaria por ser uma das últimas que projectei para a aldeia. Penso que depois desta apenas me seria encomendado o projecto para a recuperação da casa Fernando Carvalho.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Casa António Osório III . 1994


Mais um esquisso da casa António Osório, em Boassas, vendo-se o início da escadaria que percorre o núcleo mais antigo da aldeia - "A Arribada". Infelizmente, e à semelhança do que vai sucedendo constantemente na aldeia, nada é respeitado ou preservado, e o muro que se encontra adjacente à casa foi derrubado para fazer uma garagem. Refira-se que a aldeia foi classificada em 2005 como "Aldeia de Portugal" e encontra-se definida no Plano Director Municipal como Local de Valor Patrimonial., contudo, os resultados são nulos, uma vez que a autarquia aprova, invariavelmente (quando não é a própria a fomentá-los) todo o tipo de atentados. Este desenho tem também a particularidade de antecipar (em cerca de dez anos) a colocação da placa toponímica, que viria a ser colocada após a realização do "I Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas" da autoria de Sofia Beça.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Casa António Osório II . 1994

Afinal as cores escolhidas (pela proprietária, D. Elsa Osório) acabaram por ser as deste segundo estudo, o qual se encontra já mais aproximado à solução definitiva. São também cores que se encontravam muito presentes na arquitectura tradicional da aldeia, agora praticamente desaparecidas. O projecto foi desenvolvido em colaboração com o arquitecto João Duque Carreira e, contrariamente ao usual, correu muito bem, mesmo durante a execução da obra. Seguramente que a afabilidade e educação dos proprietários para isso muito contribuiu...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Casa António Osório . 1994


O projecto que seguidamente desenvolvi, quase em simultâneo com as casas Arnaldo Carmesim e Fernando Ventura, foi a Casa António Osório, também em Boassas. Tratava-se de recuperar mais um edifício de arquitectura popular, completamente degradado e desfigurado por múltiplas intervenções desastrosas que, então como agora, o poder local continua a permitir. (e incentivar). Aqui se apresenta um esquisso de estudo de cor, que acabaria, porém, por não ser o aprovado. O projecto retoma e reinterpreta os motivos da arquitectura vernacular e as próprias cores são baseadas nas da arquitectura popular local. O ocre para o reboco, o verde garrafa para as caixilharias e as molduras caiadas dos vãos. Era uma altura em que, ingénuamente, pensava ainda que iria ser possível travar a destruição do magnífico património vernacular da aldeia...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Exposição colectiva "Opção: fora de portas"


Esta exposição, organizada pela loja Opção, do Porto, em colaboração com o Estaleiro Cultural Velha a Branca, de Braga, integra obras de vária índole e de diversos autores, entre os quais eu próprio. Estará patente até ao final de Maio no Centro de Artes e Espectáculos S. Mamede em Guimarães. Penso que será a nona exposição colectiva em que participo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Centro de dia de S. Sebastião II . 2009


Esta semana entreguei o projecto do centro de dia de S. Sebastião à direcção da instituição, o qual, todavia, não chegou a dar entrada nos serviços camarários. Infelizmente o orçamento está acima do admissível para a candidatura aos fundos comunitários. Não deixa de ser curioso que tenha que haver um limite para o custo da obra. Parece uma forma pouco clara de eliminar, à priori, alguns projectos. Neste caso como será possível recuperar os edifícios existentes se a sua própria área leva a que se exceda o valor mínimo para a candidatura? Enfim... assim sempre sobra mais dinheiro para o futebol, para mais auto-estrada e para o BPP... Fica o aspecto do alçado poente... em esquiço.

sábado, 11 de abril de 2009

Casa Arnaldo Carmezim II . 1994


Uma imagem do projecto da Casa Arnaldo Carmezim. Infelizmente a obra não foi concluída e não foi possível inserir alguns dos elementos que se vêem no desenho. Isto apesar de a Câmara ter aprovado o projecto na condição expressa de que o mesmo fosse escrupulosamente cumprido. Não assinei a declaração de conformidfade e nunca fechei o livro de obra, no entanto, a obra lá está, ilegal e habitada... É o país que temos!

terça-feira, 24 de março de 2009

Centro de Dia de S. Sebastião . 2009


O projecto que estou a desenvolver neste momento (em colaboração com o arquitecto Renato Brito) é um centro de dia para idosos. Depois do lar e da creche, chegou a vez de projectar um centro de dia para a Associação para a Terceira Idade de S. Sebastião, em S. Cristóvão, Cinfães. O projecto prevê a recuperação e ampliação de dois interessantes edifícios de arquitectura popular. A sensibilidade do actual Director desta instituição, Sr. Ademar Sequeira de Carvalho, tem levado à recuperação do seu património. Aquando da execução do lar de idosos foi reabilitado o edifício principal, a eira, o espigueiro e os próprios jardins.
O projecto da creche previa também a recuperação de um outro edifício mas, infelizmente, não prosseguiu, por falta de verba!!!!... Bastava metade do dinheiro que é queimado em foguetes na festa de Cinfães. São prioridades... que todos vamos pagando com elevados juros!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Casa Arnaldo Carmezim . 1994


A Casa Arnaldo Carmezim é mais um dos (poucos) projectos que consegui executar na minha aldeia natal, Boassas. Tratava-se de um projecto de recuperação e ampliação de um edifício existente, de arquitectura popular, completamente arruinado por sucessivas intervenções desastrosas. Havia que criar um quarto e uma casa de banho e estabelecer uma ligação interior entre algumas áreas. O esquiço mostra o alçado da rua, onde se estudam (ainda com hesitações) as aberturas, a conjugação dos materiais, a cobertura, os elementos das guardas e as próprias cores.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Capela para o cemitério de Boassas IV . 1994


Para finalizar, mais alguns esboços sobre a capela de Boassas, retirados de um dos meus blocos de apontamentos. Estes revelam sobretudo a preocupação com o espaço interior. A fachada principal (entrada) ficava voltada a norte e nunca teria luz directa. A fachada sul, segue uma ideia de Tadao Ando na sua "igreja da luz", apenas possuindo dois rasgos simbolizando uma cruz. O interior deveria ser totalmente despojado. Para além dos genuflexórios, do altar e dos próprios materiais, não deveria haver qualquer imagem ou adorno supérfluo.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Capela para o cemitério de Boassas III . 1994


Pelos vistos, mais uma vez, a proposta não colheu opinião favorável. Penso que terá sido sobretudo o orçamento. Habituados a lidar com os habilidosos "projectistas" locais, que cobram meia dúzia de "patacos" pelas fotocópias a que chamam "projectos", terão achado demasiado caro um projecto que iria custar cerca de seis ou sete por cento do custo total da obra que, recorde-se, estava orçamentada em perto de cinco mil contos (cerca de 25.000 €)... Nada mais me foi comunicado. Passado algum tempo começou a ser construída no local uma outra obra. O projecto, segundo ouvi então dizer, terá sido "oferecido" pela câmara... A vontade de que este espaço continue a ter alguma qualidade, isenta de poluição visual, impede-me de colocar aqui uma fotografia dessa obra de arte, para que se estabelecesse a necessária comparação e se visse como a população de Boassas saiu beneficiada com a escolha!...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Capela para o cemitério de Boassas II . 1994


O programa para esta pequena capela era mínimo e tinha que ver directamente com a falta de verba para fazer a obra. Assim, apenas existiria o espaço da nave, uma sacristia e a torre sineira. A proposta assenta na ideia da desconstrução da forma cúbica. Inicialmente, tal como se pode ver neste esquiço, tinha uma cúpula. O cubo como representação terrestre, mundo material e humano e a cúpula, como forma etérea, representando o mundo imaterial e divino... Uma ideia que se encontra muito presente na arquitectura islâmica.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Projecto para a capela do cemitério de Boassas . 1994


Por esta altura (1994) a Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, do concelho de Cinfães, havia-me pedido um orçamento para um projecto de uma capela a construir junto do cemitério local. Apresentei a proposta e o respectivo orçamento.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Intervenção em Termas do Carvalhal V . 1994


A imagem refere-se já a uma terceira proposta deste mesmo projecto. Esta acabaria por ser desenvolvida quase exclusivamente pelo arq. João Duque Carreira já que eu havia atingido o ponto de saturação relativamente a este projecto. O ponto de ruptura acabou por ser alcançado um dia em que, após havermos aceite participar numa reunião no local (a mais de 100 Km...) e depois de mais de uma hora de espera, o cliente não se dignou comparecer. Ainda assim acabaria por ser necessária a intervenção do advogado da Ordem dos Arquitectos para que fosse pago o referente à primeira fase de projecto de apenas uma das propostas... Gente séria esta...!!!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Intervenção em Termas do Carvalhal IV . 1994


A segunda proposta previa apenas a adaptação e ampliação de apenas um dos armazéns existentes. Intentava-se assim de reduzir a área de construção para tentar alcançar valores que estivessem dentro do orçamento pervisto pelo cliente. Esta proposta viria a ser também recusada, pelos mesmos motivos da anterior. Entretanto, após muitas reuniões, conversas, deslocações ao local, ia-se verificando um desgaste e um crescente desencanto pela minha parte, que começava a não acreditar no projecto. A colaboração entretanto iniciada com o colega João Duque Carreira iria, porém, levar ainda à execução de uma terceira proposta.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Intervenção nas Termas do Carvalhal III . 1994


O projecto das Termas do Carvalhal, em Castro Daire, previa a reformulação de umas instalações precárias de uma empresa de construção civil local. A primeira proposta foi recusada, devido a ser muito extensa e, por consequência, cara. É uma história também recorrente. As pessoas querem fazer imensas coisas, programas vastos e complicados e depois admiram-se da obra ficar dispendiosa... Recordo que a primeira proposta previa a reformulação de todo o espaço, a recuperação e adaptação de três grandes edifícios de armazém, tipo naves industriais, com centro administrativo, salas de reunião, salas de espera, armazéns de material, garagens, economato, bar/cafetaria, refeitório, casas de banho para o pessoal, etc. Estes são já os esquiços da segunda proposta, a qual ficaria também pelo caminho.