domingo, 27 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . VII


O alçado nascente do edifício do palheiro acabaria por resultar assim. A grande mais-valia desta intervenção é sem dúvida a recuperação de um núcleo de arquitectura popular que de outra forma dificilmente se manteria. Será mesmo de ressalvar que se não fossem estes parcos exemplos de salvaguarda deste património pelos particulares já quase nada existiria no concelho e, estou em crer, mesmo no país. A ideia feita de que não é possível adaptar estes edifícios a uma vivência contemporânea, dotada de todo o conforto e comodidade, e ainda de que é muito mais dispendiosa, revela-se falsa e deturpada e, há que dizê-lo, apenas serve os interesses instalados de alguns grupos ligados à construção que não possuem competências para o fazer...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . VI


Estudo do alçado nascente do núcleo constituído pelo palheiro, eira e espigueiro. Neste apontamento a madeira que reveste o exterior do edifício é ainda tratada com óleo queimado, solução que seria preterida em favor do aspecto natural da madeira. Embora o exterior do edifício existente fosse já em tijolo rebocado, tudo leva a crer que tivesse sido, no passado, em madeira, pelo que se optou por usar esse mesmo material. Foi usada madeira de pinho nórdico (devidamente certificada, de produção sustentável), colocada em tábuas, na vertical, em sistema de macho/fêmea. Não se trata de um mero revestimento exterior, mas sim de uma parede, formando caixa de ar, com isolamento térmico e pano interior de tijolo cerâmico vazado de 15 cm de espessura. O envidraçado foi rasgado no granito de forma a poder usufruir-se da beleza da paisagem.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . V















Para além da belíssima e muito antiga casa principal, de carácter senhorial, a Quinta da Ventozela possui ainda belos exemplares de arquitectura popular. O projecto inicial previa a recuperação de três destes edifícios, um dos quais este que aqui se apresenta e que constituía um núcleo rural, formado por eira, palheiro e espigueiro. Aparentemente nunca a construção havia funcionado como habitação. O piso inferior era destinado aos animais e os superiores a palheiro e arrumo de alfaias. O desafio era transformar e adaptar este núcleo sem o desvirtuar, dotando-o de todo o conforto e comodidade, mantendo o seu carácter rural e popular.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . IV


Estudo do alçado norte, com o novo elemento de ligação entre o edifício principal e a antiga casa dos criados. O grande envidraçado a norte apenas se justifica como elemento de passagem; pela possibilidade de usufruir da paisagem circundante e ainda pela intenção de que esse elo de ligação fosse leve e transparente, interferindo o menos possível com a volumetria pré-existente. Por outro lado intenta-se de fazer perceber claramente tudo aquilo que é novo na intervenção.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . III


Estudo do alçado nascente. O resultado final não seria muito diferente. As alterações ao existente apenas se verificam no envidraçado que liga o bar com a sala de jogo e com a esplanada, bem como nas duas portas do rés-do-chão que não existiam.