sábado, 16 de maio de 2009

Lar de S. Sebastião II . 1995


O projecto, ao nível do estudo prévio, foi desenvolvido em colaboração com o arquitecto João Duque Carreira. A proposta, que viria a ser aprovada praticamente sem alterações, previa a recuperação e ampliação do edifício existente (em primeiro plano na imagem), que ficaria ligado ao edifício novo por uma passagem aérea, uma vez que entre ambos passa um caminho público. A obra era extremamente necessária e urgente, já que os idosos viviam em condições verdadeiramente deploráveis. A maquete, em cartão madeira e cartolina bristol, foi integralmente realizada por mim.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lar de Idosos de S. Sebastião . 1995


Um dos projectos que iria marcar o ano de 1995 seria o lar de idosos de S. Sebastião, na freguesia de S. Cristóvão de Nogueira, em Cinfães. A instituição (Associação para a Infância e Terceira Idade de S. Sebastião) andava já há cerca de uma década, infrutíferamente, a tentar aprovar um projecto de arquitectura para ampliar e dignificar as instalações existentes.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro III . 1994


Esboço de alçado, retirado de um dos meus cadernos de estudo, que uso diariamente, desde os tempos da faculdade. Este projecto, como já referi, foi mais um exemplo dos princípios corruptos e obtusos que regem todo o mundo da construção em Portugal, começando pelas próprias câmaras municipais. Neste caso o processo ganhou contornos escabrosos... O (meu) projecto não foi aprovado na câmara porque "o local na carta de ordenamento (PDM), situa-se em zona de Floresta de Produção, o que em termos de regulamento no seu artigo 50.º alínea a), exige 10.000 m2 de área mínima do lote e nos termos do artigo 51.º, o requerente garanta as infraestruturas necessárias, para ser permitida a construção unifamiliar de habitação.(sic)"
Mediante isto, a proprietária ficou, segundo ela própria, de tentar adquirir o terreno necessário para que o projecto pudesse então ser aprovado. Fiquei à espera até que, um dia, decidi perguntar na câmara pelo processo. A resposta não se fez esperar. O meu o projecto tinha sido anulado (sem que eu fosse sequer informado) e o novo projecto que entrou já estava aprovado!!!... Fantástico país este que tão bem assim se rege. Grande gente esta, plena de educação e ombridade!

sábado, 9 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro II . 1994


A proposta assentava num conceito de afirmação relativamente ao local e à paisagem, contrariando e aproveitando em seu favor o declive do terreno. O grande envidraçado das salas, em pé-direito duplo, embora orientado a noroeste, permitiria a melhor fruição da paisagem. A casa desenvolvia-se em três pisos, em proporções crescentes de cerca de um terço. Detinha também alguns outros princípios de economia de projecto. Assim, embora na vista predominante não se tivesse essa percepção, a cobertura era construída em telhado tradicional. O desencontro das coberturas permitiria que a luz de sul pudesse iluminar as divisões do piso superior.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Habitação em Oliveira do Douro . 1994


O último projecto de 1994 penso que foi este em Oliveira do Douro, Cinfães. Tratava-se de uma habitação unifamiliar num terreno de características florestais (pinhal), numa vertente do Montemouro, com uma paisagem magnífica sobre o vale do Douro. A aprovação à data do Plano Director Municipal veio inviabilizar a proposta, uma vez que, para ser possível a construção o terreno deveria ter 10.000 m2, sensivelmente o dobro do que tinha. Estava aberta a porta para mais uma série de episódios, no mínimo, "rocambolescos"...

domingo, 3 de maio de 2009

Casa António Osório IV . 1994



Por fim uma comparação entre o antes e o depois das obras e será interessante, sem dúvida, tentar detectar as diferenças. O piso inferior manteve-se para comércio e o superior, anteriormente em desuso (era armazém) foi transformado em habitação. Infelizmente, como já referi, pouco foi possível fazer pelo interior. As caixilharias, em madeira, foram expressamente desenhadas, assim como o beiral e a varanda. Desenganem-se porém aqueles que pensam que os exemplos colheram frutos. Embora apreciadas por visitantes, turistas, entidades ligadas ao património, estas obras feitas em Boassas foram, regra geral, mal recebidas e entendidas pela população e esta acabaria por ser uma das últimas que projectei para a aldeia. Penso que depois desta apenas me seria encomendado o projecto para a recuperação da casa Fernando Carvalho.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Casa António Osório III . 1994


Mais um esquisso da casa António Osório, em Boassas, vendo-se o início da escadaria que percorre o núcleo mais antigo da aldeia - "A Arribada". Infelizmente, e à semelhança do que vai sucedendo constantemente na aldeia, nada é respeitado ou preservado, e o muro que se encontra adjacente à casa foi derrubado para fazer uma garagem. Refira-se que a aldeia foi classificada em 2005 como "Aldeia de Portugal" e encontra-se definida no Plano Director Municipal como Local de Valor Patrimonial., contudo, os resultados são nulos, uma vez que a autarquia aprova, invariavelmente (quando não é a própria a fomentá-los) todo o tipo de atentados. Este desenho tem também a particularidade de antecipar (em cerca de dez anos) a colocação da placa toponímica, que viria a ser colocada após a realização do "I Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas" da autoria de Sofia Beça.