quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quinta da Ventozela . 1996 . VI


Estudo do alçado nascente do núcleo constituído pelo palheiro, eira e espigueiro. Neste apontamento a madeira que reveste o exterior do edifício é ainda tratada com óleo queimado, solução que seria preterida em favor do aspecto natural da madeira. Embora o exterior do edifício existente fosse já em tijolo rebocado, tudo leva a crer que tivesse sido, no passado, em madeira, pelo que se optou por usar esse mesmo material. Foi usada madeira de pinho nórdico (devidamente certificada, de produção sustentável), colocada em tábuas, na vertical, em sistema de macho/fêmea. Não se trata de um mero revestimento exterior, mas sim de uma parede, formando caixa de ar, com isolamento térmico e pano interior de tijolo cerâmico vazado de 15 cm de espessura. O envidraçado foi rasgado no granito de forma a poder usufruir-se da beleza da paisagem.

2 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Continuo agradavelmente surpreendido.
O óleo queimado como protetor de madeira era outrora muito usado nos Palheiros da Tocha - litoral norte.
Cumprimentos.

cerveira pinto disse...

Olá Rafael
Acabou por não ficar assim... Penso que a solução adoptada não foi pior. Infelizmente a arquitectura em madeira, que existia ainda recentemente um pouco por todo o concelho de Cinfães, está hoje extinta, como aliás quase toda a arquitectura popular. Valem-nos um ou outro exemplo de recuperação, sobretudo nesta área do turismo. Abraço